segunda-feira, 11 de maio de 2009

Batalha espiritual - A luta contra um inimigo invisível


Desde o episódio da queda, o povo de Deus encontra-se numa batalha acirrada contra as forças do mal. Uma luta que não assistimos a olho nu, mas que nos torna influenciados por ela.
A Palavra de Deus nos diz que "Ele nos tirou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do Seu amor. Fomos arrancados das trevas para a Sua maravilhosa luz" (Col. 1; II Pedro 2).
Mas isso não quer dizer que estamos livres dos ataques do Diabo. Ele não sossegará enquanto não destruir o povo de Deus: essa é a batalha espiritual. A guerra entre a Igreja de Cristo e o inferno foi declarada em Gênesis 2:15, quando Deus disse: "Porei inimizade entre ti (serpente) e a mulher (Igreja)".
Nos Evangelhos vemos as constantes oposições entre Jesus e os demônios. O tema ocupou um terço de Seu ministério na Terra. Diante disso, convém questionar: será que temos dado devida importância ao tema?
De acordo com o pastor Alcione Emerich, do Serviço Cristão de Aconselhamento Integral (Secrai), estamos constantemente em guerra espiritual. Isto está declarado por Paulo em Efésios 6:12: "Porque nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim contra os principados e potestades".
"O apóstolo nos alertou: ‘não deis lugar ao diabo' (Ef. 4:27). O pecado é a única coisa neste mundo que pode destruir um cristão e uma igreja", disse Emerich.
A humanidade permitiu a iniqüidade no seu coração (Ez 28). Esse é um dos fatores que explicam por que o homem está precisando urgentemente de ajuda. Atualmente a sociedade tem absorvido conceitos profanos e heranças malignas por intermédio de várias frentes - como os meios de comunicação mais diversos - e, com isso, aliou-se ao império de trevas.O que nós podemos fazer? Desatar as vidas que estão amarradas e perderam a mobilidade.
O que notamos é que a Bíblia declara que essa geração seria cheia de conflitos e argumentos espirituais e que só seria conquistada por orações e jejuns. Até que o Messias Jesus volte, devemos nos empenhar nisso (Mt 9:15).
Armas para a guerra
Para vencer os constantes ataques do inimigo invisível, é preciso preparo e entendimento sobre do reino das trevas. A batalha espiritual para conquistar e consolidar vidas está diante de cada um de nós, tanto daqueles que são mais experientes quanto dos recém-chegados.
"Nossa maior arma contra o mal é o nome de Jesus (Mc 16:16-18; Fl 2:9-11)", diz o pastor Alcione Emerich. "Mas temos percebido que em algumas situações, Deus nos orientará a utilizarmos uma estratégia específica. A guerra espiritual pode ser vencida com atitudes como perdão, amor e uma vida de oração".
A santidade é outra grande arma. Quando estamos conectados com Deus, esse elo é uma ameaça suficiente para que o inimigo não permaneça diante de nós e bata em retirada.
O caminho da santidade é longo. Para mantê-la temos que gastar tempo, aprender a ser discípulo e enfrentar uma constante guerra com o inimigo, que tenta de todas as maneiras nos atingir, seja no trabalho, em casa, na convivência social ou emocional.
"Como filhos de Deus não podemos deixar de lado o que o Senhor tem nos entregado: a unção para vencermos demônios, principados, potestades e soltarmos as vidas que estão ainda nas mãos do inimigo (Mt 18:15-18)", acrescenta.
Max Anders, em seu livro "Guerra Espiritual em 12 Lições", editora Vida, diz que "precisamos entender que o mundo espiritual é tão ou quase mais real para nós que o mundo físico".
Conforme Emerich, além de ter uma vida reta diante do Senhor, precisamos aprender uns com os outros, estudar e reconhecer as estratégias do inimigo.
Temos visto cristãos fanáticos pelo mundo espiritual. Enxergam o diabo em tudo, tornaram-se obcecados. O inimigo também pode utilizar essas estratégias: ou ele tenta fazer com que você não o enxergue em lugar algum, ou tentará fazer com que o veja em todas as partes.
"Nessa guerra, precisamos nos orientar com o nosso general, Cristo. É preciso ter cuidado com os extremos. Os líderes têm um papel importante a desempenhar na orientação de suas ovelhas. Já nos advertiu o grande teólogo inglês Matim Loyd Jones: ‘o diabo é o pai dos extremos'", completa Emerich.
Uma excelente e poderosa arma contra o mal está ao seu alcance: o conhecimento (Palavra), a fé, o amor (vindo de Deus por Seus filhos) e o Espírito Santo (dons). Todos nós temos o poder para vencer essa guerra a partir da base do trono de Deus: a justiça e a verdade (Sl 89:14).
Fonte: Revista Comunhão Abril 2009

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