terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Onde estão as mães, aqueles seres sagrados?

"Minha filha de 19 anos foi a uma festa de família, convidada por uma amiga. Era aniversário de uma criança e muitas outras crianças convidadas estavam lá. Era uma festa linda, numa dessas belas casas preparadas exclusivamente para estas ocasiões.
Fomos buscar nossa filha. Ao entrar no carro, perguntamos, como sempre fazemos, como tinha sido a festa e ela nos contou que foi muito bem recebida pela família da amiga, que a festa estava muito bonita, que havia docinhos muito diferentes dos que conhecemos, etc.
Entretanto, nada disso nos chamou tanto a atenção quanto o fato que ela mesma relatou, impressionada: 'Mãe, você não vai acreditar, mas sabe o que eu vi? A maioria das crianças estava acompanhada por suas babás. Algumas os pais estavam presentes e levaram a babá para tomar conta das crianças, mas várias outras nem as mães tinham ido, apenas as babás'.
Lamentamos o fato e conversamos sobre ele. Infelizmente, esta é a realidade e ela nos constrange. O que podemos fazer?
podemos nos indignar, lamentar, não aceitar, falar e pregar. Incansavelmente, diremos que crianças precisam de pais presentes. Pai e mãe que as acompanhem no dia a dia, que as vejam se desenvolver, que as ensinem a comer, andar, falar, se relacionar, que tenham tempo e disposição de brincar com elas e que as coloquem para dormir contando uma história e dando um beijo gostoso.
Mas hoje os casais não querem mais ter filhos ou, pelo menos, não é essa sua prioridade. As mulheres adiam a maternidade, não gostam de ficar em casa cuidando da família, criando seus filhos; ser dona de casa, mãe, é coisa do passado; agora, o importante é a carreira profissional e ganhar dinheiro. Não para a sobrevivência da família, mas para comprar o carro, os belos móveis, as tantas roupas.
As casas e apartamentos estão mobiliados, o carro está na garagem, a geladeira está recheada de coisas gostosas, os armários estão cheios de coisas e mais coisas e os filhos estão sendo criados por outros. São os filhos das babás, das creches, dos avós... São estes que educam os filhos daqueles que não têm tempo, que trabalham muito.
Não sou totalmente contra as mulheres trabalharem fora; por experiência própria, sei que precisamos de realização profissional, que é bom ganhar nosso dinheiro e que o nosso salário tem sido importante para o orçamento familiar. Entretanto, precisamos refletir sobre a situação atual - segundo pesquisas, 60 % das mulheres trabalham fora. Que número elevado! Será que todas têm a real necessidade de trabalhar fora? Onde estão os filhos destas mães, quem os está educando? Quais os valores diários que estão recebendo, quem os está influenciando em modo de pensar, de falar? O que eles estão vendo e ouvindo? Quem os está ajudando a decidir?
Quando minhas filhas eram pequenas eu estava em casa com elas e quantos momentos inesquecíveis desfrutamos juntas, quantas festas de aniversário nós as levamos e observamos, orgulhosos, suas brincadeiras e socialização, quantas horas preciosas foram dedicadas a conversar, responder suas peerguntas, ensinar coisas grandes e pequenas da vida, recitar a Palavra de Deus e mostrar os melhores caminhos e O Caminho. Elas declararam Jesus como seu Salvador em casa. No dia a dia falamos do evangelho para nossas filhas. Que privilégio! Eu estava lá quando cada uma delas disse a primeira palavra, deu o primeiro passo e fez todas as gracinhas. E eu ri, e chorei de alegria por estar lá.
O Salmo 127 diz que os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá, que o homem é feliz quando tem muitos deles. Como a Palavra de Deus é verdadeira!
Ela nos dá esperança, a esperança de que os filhos ainda sejam criados por suas mães."
Texto de Elizabete Bifano - publicado em 18/01/2009 - Jornal Batista
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